segunda-feira, 8 de novembro de 2010

SÉRIE: O CRISTÃO QUE INTERCEDE - PARTE 1


Por Kenneth Hagin

Intercedendo por uma nação

Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. — 1 Timóteo 2.1-4

Iniciando nosso estudo sobre oração de intercessão, note a expressão antes de tudo no texto acima. As coisas funcionam quando seguimos as instruções; portanto, vamos interpretar a Bíblia literalmente e fazer exatamente o que ela diz. Vezes demais dizemos que cremos na oração e ficamos somente nisso. Se você disser que crê que pode dirigir um carro, isso não implica que realmente vá guiálo. Você poderia aprender muito lendo um livro sobre como dirigir; entretanto, existem certas coisas que você nunca saberia a menos que entrasse num carro e se dispusesse realmente a fazê-lo. Aprende-se pela experiência.

No versículo de abertura deste capítulo, Paulo disse: Admoesto-te pois, antes de tudo... Vamos colocar as primeiras coisas em primeiro lugar. Geralmente deixamos as coisas secundárias prevalecerem e negligenciamos aquilo que deve vir primeiro. Em nossa vida espiritual, culpamos a Deus por nossos fracassos. Ficamos nos perguntando por que certas coisas não dão certo, quando, na verdade, não estamos colocando as prioridades em primeiro lugar. Geralmente, as pessoas colocam-se em primeiro lugar, mesmo quando se trata de oração. Muitas das suas orações não são respondidas porque você está colocando a si próprio em primeiro lugar.

Muitas vezes agimos como o fazendeiro que orava assim: “Senhor, abençoa-me, minha esposa, meu filho João e sua esposa - nós quatro e mais ninguém”. Podemos não usar exatamente essas palavras, mas na maioria das vezes esse é o formato da nossa oração. Paulo disse no nosso texto que antes de orarmos por nós mesmos ou por nossa família, devemos orar pelos reis e por todos os que estão em posição de autoridade. Isso quer dizer que devemos orar pelo nosso governo - pelos líderes e pelas autoridades, tanto em nível nacional como local. Talvez alguns de nós estejamos realmente fazendo isso, mas não muitos. Se os cristãos estivessem orando pelas autoridades do governo, talvez as coisas pudessem estar bem diferentes em nosso país.

Paulo escreveu sob a unção do Espírito Santo, o que significa que as palavras dessa carta a Timóteo são palavras de Deus. O Senhor não iria nos dizer para orar por algo que Ele não nos dará. Nenhum pai diria ao filho que iria lhe comprar um presente de aniversário se não estivesse disposto a fazer isso. Certamente nosso Pai Celestial não é menos fiel em cumprir Suas promessas do que um pai humano. Deus não é homem para mentir. Ele fará o que disser que vai fazer - quando nos submetermos às Suas condições. Assim, na maioria das vezes existem condições relacionadas à oração.

Admoesto-te pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis.. . (vs. 1,2). Na época em que Paulo escreveu isso, muitas nações eram governadas por reis. O equivalente atual nos países modernos é o Presidente da República. Depois, Paulo disse: .Por todos os que estão em eminência (v. 2). Isso quer dizer todos os nossos líderes — deputados, senadores, governadores, prefeitos -todos que estão em posição de autoridade. Isso inclui até mesmo os policiais.

É muito fácil criticar. Ouço pessoas criticando e sei que não estão orando pelos líderes; quando oramos por outros, não temos tanta disposição para criticar. Como cristãos, entretanto, não devemos colocar os políticos antes de Cristo. Algumas pessoas estão tãoenvolvidas na política que não se desenvolvemespiritualmente.

Uma vez, por exemplo, alguns líderes políticos estavam sendo processados criminalmente. No final, realmente foram considerados culpados e mandados para a prisão. Eu ouvi alguns cristãos dizendo que na próxima eleição iriam votar naqueles mesmos candidatos. Não tinha importância se tinham roubado algum dinheiro público. Os cristãos iam votar neles porque os políticos eram do partido ao qual eles eram filiados e eles achavam que é preciso ser fiel ao seu partido. Não fazia muita diferença para eles quem eram os candidatos. Felizmente, aqueles políticos não foram eleitos.

Existem cristãos que quando oram por um político que não pertence ao partido deles, pedem apenas para que ele seja derrotado. Se o político for eleito, oram para que não tenha sucesso no cargo que for ocupar. Essa é uma oração egoísta, do tipo que não será respondida. O Senhor tem colocado no meu coração que temos de orar especialmente por nosso país, pois muitas coisas podem ser mudadas por meio da oração. Deus não nos manda fazer algo apenas para colocar mais palavras na Bíblia ou para preencher alguma lacuna. Ele tem um propósito em mente. Em nosso texto, podemos aprender sobre o propósito da oração pelas autoridades.

Paulo disse que devemos orar pelos líderes, para que nós, que somos cristãos, tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda piedade e honestidade (v. 2). Deus se preocupa conosco e se moverá, ainda que aqueles que estão no poder possam não ser cristãos. Ele responderá nossa oração e fará coisas em nosso favor para que tenhamos uma vida quieta e sossegada.

Note agora o propósito final da nossa oração pela nação: Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador (v. 3). Se nós, como cristãos, queremos agradar a Deus, o que vamos colocar como pedido número um em nossa lista de oração? Eu mesmo? Meus filhos? Meus netos? Minha igreja? Não. Vamos fazer exatamente o que Deus nos mandou fazer: orar em primeiro lugar por todos aqueles que estão em posição de autoridade.

Note o que diz o versículo número quatro: Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. O propósito supremo de Deus em nos ordenar que oremos pelas autoridades é que tenhamos liberdade para propagar o Evangelho. Se não tivermos um bom governo, que promova a paz e o sossego, teremos obstáculos para pregar o Evangelho. Em tempos de turbulência política, somos impedidos de pregar sobre Jesus Cristo. Em tempos de guerra, somos impedidos de pregar o Evangelho, devido às restrições na locomoção e a outras dificuldades.

Deus quer que o Evangelho seja anunciado. Ele quer a verdade sendo pregada. Quando esteve aqui na terra, Jesus disse: E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim (Mt 24.14). O diabo fará tudo para evitar que isso aconteça.

Pastores que viajam bastante por outros países pela obra do Evangelho me informaram que, embora outros países estejam fazendo algum trabalho missionário, os EUA são quase o único país que tem levado o Evangelho para outras nações. Isso nos faz compreender por que o diabo se opõe ao nosso país, pois assim pode interromper esse fluxo de verdade que se espalha por todo o mundo. Podemos ver também por que Deus quer que oremos pelas autoridades: para que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade.


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