Por Charles H. Spurgeon
quinta-feira, 28 de abril de 2011
DIFICULDADE NO CAMINHO DE CRER
Por Charles H. Spurgeon
segunda-feira, 25 de abril de 2011
SÉRIE: O NOVO NASCIMENTO - PARTE 3
1 João 5,13: “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”.
Este livro foi escrito, disse João, para ajudar os crentes a terem segurança plena de que nasceram de novo — ou seja, de que têm dentro de si uma nova vida espiritual que nunca desaparecerá.
As ações dos cristãos confirmam a sua nova natureza
João insiste que o ser espiritual deve ser validado pela ação física; do contrário, o ser espiritual simplesmente não é real.
1 João 3.7: “Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo”.
Os regenerados não são impecáveis
1 João 1.8: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”.
Não há cristão que não peque.
1 João 2.1: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.
João não supõe que, se você pecar, não nasceu de novo, Ele supõe que, se você pecar, tem um Advogado (Jesus).
Lidando com nosso pecado recorrente
Como as pessoas que experimentaram o milagre do novo nascimento lidam com sua própria pecaminosidade, enquanto tentam viver na plena certeza de sua própria salvação?
Fugindo da presunção, correndo para o Advogado
É comum os crentes se deixarem levar pela presunção pecaminosa (indiferença quanto pecaminosidade). Quando a pessoa nascida de novo experimenta esse tipo de afastamento, a verdade de 1 João 3.9 (“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado”) tem, mediante o Espírito Santo, o efeito de despertá-la quanto ao perigo de sua condição, para que ela corra para seu Advogado e Propiciação em busca de misericórdia, perdão e justiça.
Fugindo do desespero, correndo para o Advogado
Também é comum os crentes se deixarem levar ao desespero (sua consciência o condena, e seus próprios atos lhe parecem tão imperfeitos que nunca poderiam provar que você nasceu de novo). Quando a pessoa que nasceu de novo experimenta isso, a verdade de 1 João 2.1 tem, por intermédio do Espírito Santo, o efeito de resgatá-la do desespero: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar temos Advogado, junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.
Embora haja muitos cristãos que realmente nasceram de novo e lutam pela segurança que vem da certeza da salvação, há muitos que se acham cristãos, vão à igreja, onde alguém disse que eles são nova criatura, mas, na verdade, não o são. Fuja da presunção e do desespero e corra para Jesus.
O Novo Nascimento e a Evangelização
Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente, pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a Palavra de Deus, a qual vive e é permanente. Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada. (1 Pedro 1:22-25)
Esta é a verdade (imensamente importante, se você ama alguém ou alguns milhares de pessoas e deseja vê-las nascer de novo para uma viva esperança): se pessoas têm de nascer de novo, isso acontecerá pelo ouvir a Palavra de Deus, centrada no evangelho de Jesus Cristo. Elas serão regeneradas “mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente…”a palavra que vos foi evangelizada”. A obra de Deus e a obra que você realiza andam juntas deste modo:
- Deus produz o novo nascimento mediante a semente da Palavra, o evangelho.
- Deus realiza o novo nascimento por meio da sua pregação do evangelho às pessoas.
- Deus regenera as pessoas mediante as notícias a respeito de quem Cristo é e do que Ele fez na cruz e na ressurreição.
- Deus concede vida nova a corações mortos por meio das palavras que você transmite, quando fala o evangelho.
As pessoas nascem de novo depois de ouvir essas notícias, jamais nascem de novo sem ouvi-las. “A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Então, quando perguntamos: o que devemos fazer para ajudar as pessoas a nascer de novo? A resposta bíblica é clara: fale às pessoas as boas-novas, com um coração amoroso e uma vida dedicada a servir.
Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
SÉRIE: O NOVO NASCIMENTO - PARTE 2
Resgatado, Ressuscitado e Chamado
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos [...] Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;. [...] sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais. (1 Pedro 1:3,15,18)
1) Ele nos resgatou do pecado e da ira por meio do sangue de Cristo, pagando o débito, para que pecadores tivessem vida eterna.
2) Ele ressuscitou a Jesus dentre os mortos, para que a união com Jesus concedesse vida eterna, vida que nunca passa.
3) Ele nos chamou das trevas para a luz e da morte para a vida, por meio do evangelho, e nos deu olhos para ver e ouvidos para ouvir. Ele fez a luz da glória de Deus na face de Cristo brilhar em nosso coração, mediante o evangelho, e nós cremos. Aceitamos a Cristo como o tesouro que Ele realmente é.
Por Meio do Lavar Regenerador
Porque também nós éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna. (Tito 3:3-7)
O ser nascido de novo dá origem às suas melhores obras e motivações. A bondade de Deus, o seu amor, a sua misericórdia absolutamente gratuita esses são os fatores que explicam o nosso novo nascimento. Não é a circuncisão, nem o batismo, nem obra alguma de justiça praticada por nós. O novo nascimento surge e traz consigo os atos de justiça, e não o contrário.
Qual é a nossa participação no novo nascimento?
Você pode ter pensado que eu diria que não temos participação na regeneração, porque somos espiritualmente mortos. Mas os mortos participam e muito de sua ressurreição – afinal de contas, eles ressuscitam! Eis um exemplo do que quero dizer: quando Jesus se aproximou da sepultura de Lázaro, que estava morto havia quatro dias, Lázaro não teve participação alguma na concessão de sua nova vida. Cristo causou a ressurreição. E Lázaro ressuscitou. No instante em que Deus nos dá nova vida, vivemos. No instante em que o Espírito produz fé, cremos.
A sua participação consiste em exercitar fé — fé no Filho de Deus crucificado e ressurreto, Jesus Cristo, como o Salvador, o Senhor e o Tesouro de sua vida.
A resposta continua assim: a sua ação de crer e a ação de Deus em fazer acontecer são simultâneas. Ele faz acontecer, e você crê no mesmo instante. E — isto é muito importante — a ação dEle é a causa decisiva da sua ação.
Se é difícil para você pensar numa coisa originando outra quando elas são simultâneas, pense no fogo e no calor ou no fogo e na luz. No momento em que há fogo, há calor. No momento em que há fogo, há luz. Entretanto, não diríamos que o calor provocou o fogo ou que a luz causou o fogo. Dizemos que o fogo causou o calor e a luz.
Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus; (1 João 5:1)
A combinação do tempo presente (crê) com o particípio (é nascido) é importante. Ela mostra claramente que a fé é a conseqüência, e não a causa, do novo nascimento. Nossa atividade contínua de crer é o resultado e, portanto; a evidência de nossa experiência passada do novo nascimento, pela qual nos tornamos e permanecemos filhos de Deus. (John Stott)
Então, o que isso significa para nós? Significa quatro coisas, e oro para que você as receba com alegria.
1. Significa que devemos crer para sermos salvos, “Crê no Senhor Jesus e serás salvo” (At 16.31). O novo nascimento não assume o lugar da fé, ele envolve fé, é o nascimento da fé.
2. Significa que, entregues a nós mesmos, não cremos. Um morto não pode dar respiração a si mesmo.
3. Significa que Deus, sendo rico em misericórdia, grande em amor e graça soberana, é a causa decisiva da fé.
4. De acordo com 1 Pedro 1.22, o amor é o fruto do coração que foi regenerado. Isso quer dizer que nenhum aspecto da vida deixa de ser afetado pelo novo nascimento.
11 Evidências em 1 João
1. Aqueles que nasceram de Deus guardam os seus mandamentos.
1 João 2.3-4: “Sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”.
1 João 3,24: “Aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele”.
2. Aqueles que nasceram de Deus andam como Cristo andou.
1 João 2.5-6: “Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou”.
3. Aqueles que nasceram de Deus não odeiam as outras pessoas, mas as amam.
1 João 2.9: “Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas”.
1 João 3.14: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte”.
1 João 4.7-8: “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”.
1 João 4.20: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso”.
4. Aqueles que nasceram de Deus não amam o mundo.
1 João 2.15: “Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”.
5. Aqueles que nasceram de Deus confessam o Filho e O recebem (têm).
1 João 2.23: “Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai”.
1 João 4.15: “Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus”.
1 João 5.12: “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida”.
6. Aqueles que nasceram de Deus praticam a justiça.
1 João 2.29: “Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele”.
7. Aqueles que nasceram de Deus não vivem na prática do pecado.
1 João 3.6: “Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu”,
1 João 3,9-10: “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”.
1 João 5.18: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca”.
8. Aqueles que nasceram de Deus possuem o Espírito de Deus.
1 João 3.24: “Nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu”.
1 João 4.13: “Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito”.
9. Aqueles que nasceram de Deus ouvem submissamente a palavra apostólica.
1 João 4.6: “Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro”.
10. Aqueles que nasceram de Deus crêem que Jesus é o Cristo.
1 João 5.1: “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus”.
11. Aqueles que nasceram de Deus vencem o mundo.
1 João 5,4: “Todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”)
Retirado de "voltemosaoevangelho.com" com alterações, trechos do livro "Finalmente Vivos" de John Piper
segunda-feira, 18 de abril de 2011
SÉRIE: O NOVO NASCIMENTO - PARTE 1
1. O que acontece no novo nascimento não é a obtenção de uma nova religião, e sim de uma nova vida.
Nicodemos não precisava de religião, precisava de vida – vida espiritual. O que acontece no novo nascimento é que surge uma vida que não existia antes. Uma nova vida começa no momento do novo nascimento. Não se trata de uma atividade religiosa, de disciplina ou de decisão. Trata-se do surgimento de uma vida.
2. O que acontece no novo nascimento não é meramente uma afirmação do caráter sobrenatural de Jesus, e sim o experimentarmos o sobrenatural em nós mesmos.
Ninguém é salvo por ver sinais e maravilhas e encantar-se com eles, nem por dar crédito àquele que fez os milagres, afirmando que ele veio de Deus. Esse é um dos grandes perigos de sinais e maravilhas: não preciso de um coração novo para ficar encantado com eles. [...] Em outras palavras, o que importa não é a mera afirmação do caráter sobrenatural de Jesus, e sim experimentar em si mesmo o sobrenatural. [...] Então, Nicodemos, disse Jesus, o que acontece no novo nascimento não é meramente uma afirmação do meu caráter sobrenatural, e sim o experimentar o sobrenatural em você mesmo. [...] No novo nascimento, o Espírito Santo nos dá, sobrenaturalmente, uma nova vida espiritual por unir-nos a Jesus Cristo, mediante a fé, pois Jesus é a vida.
3. O que acontece no novo nascimento não é uma melhoria da velha natureza humana, e sim a criação de uma nova natureza humana – uma natureza que é realmente você, uma natureza perdoada, purificada, realmente nova, que está sendo formada pelo Espírito de Deus, que habita em você.
No novo nascimento, o Espírito Santo nos dá, sobrenaturalmente, uma nova vida espiritual por unir-nos a Jesus Cristo, mediante a fé. Em outras palavras, o Espírito nos une a Cristo em quem há purificação para os nossos pecados (ilustrada pela água) e substitui nosso coração empedernido e indiferente por um coração brando que valoriza Jesus acima de todas as coisas e está sendo transformado, pela presença do Espírito, num coração que ama fazer a vontade de Deus (Ez 36.27).
Características homem que não experimentou o novo nascimento
1. Estamos mortos em delitos e pecados (Ef 2.1-2).
Estamos mortos no sentido de que não podemos ver a glória de Cristo e experimentá-la. Estamos espiritualmente mortos.
2. Somos, por natureza, filhos da ira (Ef 2.3).
Não são as minhas ações, nem as circunstâncias, nem as pessoas em minha vida. A minha natureza é o meu problema pessoal mais profundo. A verdade não é que no começo eu tinha uma boa natureza, depois fiz coisas ruins e consegui uma natureza má. “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Nossa natureza é tão rebelde, tão egoísta e tão insensível à majestade de Deus, que a sua santa ira é uma reação natural e correta para nós.
3. Amamos as trevas e odiamos a luz (Jo 3.19-20).
Não somos neutros quando a luz espiritual se aproxima. Nós lhe resistimos. E não somos neutros quando as trevas espirituais nos envolvem. Nós as abraçamos.
4. Nosso coração é duro como pedra (Ez 36.26; Ef 4.18).
Nossa ignorância é uma ignorância culpada, não é uma ignorância inocente. Está arraigada em corações endurecidos e resistentes.
5. Somos incapazes de nos submeter a Deus ou de agradar-Lhe (Rm 8.7-8).
Nossa mente é tão resistente à autoridade de Deus, que não nos submetemos, nem podemos nos submeter a Ele. E, se não podemos nos submeter a Ele, não podemos agradar-Lhe.
6. Somos incapazes de aceitar o evangelho (Ef 4.18; 1 Co 2.14).
O problema não é que as coisas de Deus estão acima da compreensão do homem natural. O problema é que ele as vê como loucura. Perceba que esse “não pode” é moral, e não físico. A pessoa não-regenerada não pode porque não quer. Sua preferência pelo pecado é tão forte, que ela não pode escolher o bem. É uma escravidão verdadeira e terrível, mas não inocente.
7. Somos incapazes de buscar a Cristo ou de aceitá-lo como Senhor (Jo 6.44, 65; 1 Co 12.3).
É moralmente impossível ao coração morto, obscurecido, mau e resistente celebrar o domínio de Jesus sobre sua vida sem que tenha nascido de novo.
8. Sem o novo nascimento, somos escravos do pecado. (Rm. 6.17)
Amávamos tanto o pecado que não podíamos abandoná-lo ou mortificá-lo.
9. Sem o novo nascimento, somos escravos de Satanás. (Ef. 2.1-2; 2 Tm. 2.24-26)
A característica peculiar de pessoas não-regeneradas é que seus desejos e escolhas estão em harmonia com o príncipe da potestade do ar.
10. Sem o novo nascimento, não habita bem nenhum em nós. (Rm. 7.18)
Quando as pessoas usam tudo que Deus fez sem confiar em sua graça e sem o objetivo de glorificá-Lo, elas desonram a criação de Deus. Fazem da criação um instrumento de incredulidade e destroem-na.
Essas são as dez características de nossa condição sem o novo nascimento. Essa é a razão por que temos de ser nascidos de novo. Sem o novo nascimento, nossa condição é desesperadora, e não podemos mudá-la com melhoria moral. Pessoas mortas não melhoram. Antes de acontecer-lhes qualquer outra coisa, pessoas mortas precisam receber vida, precisam nascer de novo.
O que acontece se nascermos de novo?
1. Com o novo nascimento, teremos a fé salvífica, não a incredulidade (Jo 1.11-13; 1 Jo 5.1; Ef 2.8-9; Fp 1.29; 1 Tm 1.14; 2 Tm 1.3).
Quando Deus nos faz nascer de novo, a fé salvífica é despertada, e somos unidos a Cristo. “Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus” (1 Jo 5.1). O versículo não diz: será nascido de Deus. Antes, diz: é nascido de Deus. Nossa primeira fé é a centelha de vida que vem por meio do novo nascimento.
2. Com o novo nascimento, seremos justificados, e não condenados (Rm 8.1; 2 Co 5.21; Gl 2.17; Fp 3.9).
Quando o novo nascimento desperta a fé e nos une a Cristo, somos justificados – ou seja, somos tornados justos – por meio da fé. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). O novo nascimento desperta a fé, que olha para Cristo a fim de obter justiça, e Deus nos imputa a justiça fundamentado apenas em Cristo, tão-somente por meio da fé.
3. Com o novo nascimento, seremos filhos de Deus, e não filhos do diabo (1 Jo 3.9-10).
Quando o novo nascimento desperta a fé e nos une a Cristo, todos os obstáculos legais que nos impediam de ser aceitos por Deus são removidos por meio da justificação. Assim, Deus nos adota em sua família e nos conforma à imagem de seu Filho. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.12-13). Nascemos de novo, da parte de Deus, não da vontade do homem. Cremos em Cristo, e O recebemos, e Deus nos torna seus herdeiros legais e seus filhos espirituais.
4. Com o novo nascimento, produziremos frutos de amor por meio do Espírito Santo, e não produziremos frutos de morte (Rm 6.20–21; 7.4–6; 15.16; 1 Co 1.2; 2 Co 5.17; Ef 2.10; Gl 5.6; 2 Ts 2.13; 1 Pe 1.2; 1 Jo 3.14).
Quando o novo nascimento desperta a fé e somos unidos a Cristo, e toda a condenação é substituída pela justificação, e o Espírito de adoção entra em nossa vida, Ele produz o fruto do amor. Considere Gálatas 5.6: “Em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor”; e 1 João 3.14: “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos”. Onde existe novo nascimento, existe amor.
5. Com o novo nascimento, teremos a alegria eterna na comunhão com Deus; ao invés de termos miséria eterna, juntamente com o diabo e seus anjos (Mt 25.41; Jo 3.3; Rm 6.23; Ap 2.11; 20.15).
Finalmente, quando o novo nascimento desperta a fé, nos une a Cristo (que é a nossa justiça) e outorga o poder santificador do Espírito Santo, estamos no caminho estreito que conduz ao céu. E o auge das alegrias celestes será a eterna comunhão com Deus. “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3). O clímax da alegria de nossa nova vida é o próprio Deus.
Tudo isso é o que ganharemos se nascermos de novo. A razão por que temos de nascer de novo não é somente que sem o novo nascimento estamos mortos, mas também que sem ele perdemos para sempre tudo que é bom. Foi por isso que Jesus disse: “Importa-vos nascer de novo” (Jo 3.3, 7).
Extraído do site: www.voltemosaoevangelho.com , com alterações. Trechos do livro "Finalmente Vivos".