segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SÉRIE: PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS - PARTE 1


Por Paul Yonggi Cho

Nós, que nos tornamos filhos de Deus pelo sangue imaculado de Jesus Cristo, devemos orar a ele agora para que nos perdoe os pecados. Quando o reino de Deus vem ao nosso coração e a sua vontade está presente em nossa vida, a graça perdoadora e o poder divino deveriam naturalmente vir sobre nós. Na oração que Jesus ensinou aos discípulos — e a nós — ele disse que devíamos pedir intrepidamente e com segurança o pão nosso de cada dia, o perdão de pecados e a proteção contra a tentação ou o mal. Como ficou declarado anteriormente, devemos orar alinhados com a mente de Deus. E qual é o pensamento dele concernente ao pecado?

Somos Pecadores e Merecemos a Morte

A palavra grega para pecado significa "errar o alvo"— como uma seta podia errar o seu alvo. A fim de dar glória ao Senhor e agradar-lhe, o homem deveria ter vivido em obediência e fé. Era este o alvo ou objetivo da vida humana.

Enganados por Satanás, porém, Adão e Eva tomaram e comeram o fruto do conhecimento. Violaram a ordem divina: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; Porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:17). Como obstinada expressão de sua desobediência e incredulidade, esta ação significou que o comportamento deles havia errado o alvo da vida e era pecado diante de Deus. Como resultado, Adão e Eva sentiram vergonha e culpa. Satanás ganhou o legítimo direito de acusar, governar e roubar a humanidade. "Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio" (1 João 3:8).

Adão e Eva, e com eles toda a sua posteridade, caíram na escravidão de Satanás. O pecado entrou no mundo pela ofensa de um homem, Adão, e todos se tornaram pecadores. "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12). Como conseqüência do pecado, eles tinham de morrer. "Porque o salário do pecado é a morte" (Romanos 623). A palavra morte no grego é thanatos, que significa "estar separado".

Tão logo a morte entrou na sociedade humana pelo pecado, interrompeu-se o diálogo com Deus. Tão logo o pecado separou o homem do seu Deus, a fonte de vida, o homem morreu. Tão logo o pecado separou o ser humano das outras criaturas antes sujeitas ao homem, tudo saiu errado. Tão logo o Senhor retirou sua mão protetora, as doenças entraram no corpo humano. Além do mais, o fogo inextinguível do inferno está à espera de todos os que não vierem a Jesus para pedir e receber o perdão dos pecados.

Uma vez que homens e mulheres, criados à imagem de Deus, são seres espirituais, estão ansiosos por ser libertos do pecado e da morte. Mas sem pagar plenamente o salário do pecado, pessoa alguma pode escapar do domínio de Satanás, nem libertar a si próprio da morte última. Já que não há ninguém no mundo que não cometa pecado, é loucura esperar que alguém mais neste mundo seja um Salvador eficiente.

A raça humana precisava de alguém que a ajudasse, alguém que resolvesse o problema da morte. Esse alguém não poderia nascer da semente de Adão, entretanto tinha de ser humano —-não angélico — porque tinha de expiar o pecado do homem. Embora devesse ser imaculado, seria homem — homem com ouvidos, olhos, boca e nariz. Mais ainda, tinha de ser alguém disposto a levar sobre si mesmo o salário de nosso pecado e pagar por nós o preço da redenção. Da perspectiva humana, isto era absolutamente impossível. Não obstante, o homem tinha de ser liberto do pecado e da morte através desse Redentor.

Esta missão impossível tinha de ser realizada. Todos os desejos e esperanças humanos, desde a criação, podem resumir numa frase — livramento do pecado e do diabo. O grito desapareceu no ar rarefeito como um som sem eco? Não. Ele alcançou o trono de Deus e cumpriu-se no plano divino. Jesus Cristo veio para salvar a humanidade.

A Resposta Divina: Jesus Cristo

Deus permitiu que Jesus Cristo, seu Filho sem pecado, assumisse a forma humana e morresse em lugar do homem. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha ávida eterna" (João 3:16). Pela vontade de Deus, Jesus nasceu da virgem Maria, neste mundo, numa manjedoura em Belém, há 2.000 anos.

Como diz a Bíblia, a semente da mulher feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). Jesus foi concebido da semente de uma mulher, mas sem pai natural. Gerado do Espírito Santo, mas sem ser semente do homem, o Salvador possuía sangue imaculado. Jesus se fez carne a fim de ser o sacrifício de expiação dos pecados da humanidade. Por este motivo João Batista gritou junto ao rio Jordão: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 129). Romanos 4:25 também diz que Jesus "foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou por causa da nossa justificação". Por nossa causa e em nosso lugar Jesus levou sobre seu próprio corpo todo o pecado, iniqüidade, feiúra, maldição e desespero do mundo.

Pendente entre o céu e a terra — com as mãos e os pés pregados naquela cruz, sua cabeça ferida pela coroa de espinhos e seu lado perfurado por uma lança. Através de todos esses sofrimentos Jesus apagou para sempre todos os nossos pecados diante do Pai. Uma vez que Deus respondeu aos nossos desejos enviando seu Filho, e preparou o caminho através do qual nos livramos do pecado e da morte, só nos resta aceitar a redenção que ele nos proporcionou. Temos de aceitar a Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, como Salvador pessoal. Embora Deus nos tenha dado seu Filho, ele não pode obrigar-nos a aceitá-lo como Salvador. Como aconteceu no Jardim do Éden, assim agora cada pessoa deve decidir e confessar verbalmente essa decisão. A pessoa que crê e confessa está livre do poder da morte; a pessoa que não aceita a Cristo mediante a fé, ainda está sob o poder da morte.

Desde que o Pai nos perdoou os pecados por intermédio de Jesus Cristo, nosso problema está resolvido. Se formos para o inferno, será por não aceitarmos o perdão divino. Quando Andrew Jackson era presidente dos Estados Unidos, um homem chamado George Wilson apanhou um ladrão furtando algo de uma agência do correio. Wilson matou o homem a tiros, foi preso, condenado e sentenciado à morte. Mas devido às circunstâncias do crime, o presidente Jackson assinou um perdão especial que isentou e libertou Wilson. Aqui a história se torna fora do comum. Wilson recusou-se a aceitar o perdão, e seguiu-se um dilema legal. O caso foi, finalmente, parar na Suprema Corte onde John Marshall, juiz-presidente, proferiu a seguinte famosa decisão: "A carta de perdão é meramente um pedaço de papel, mas tem o poder de perdoar enquanto a pessoa objeto do perdão o aceita. Se tal pessoa se recusa aceitá-lo, ela não pode ser isentada. Portanto, a pena de morte sentenciada a George Wilson deve ser executada."

Aquele homem tinha sido perdoado, mas porque se recusou a aceitar o perdão, foi executado.

Nossa situação é semelhante. Deus perdoou os pecados da humanidade. Hoje o Espírito Santo proclama a todos: "Vossos pecados estão perdoados, mas deveis vir a Jesus e aceitar o perdão." A absolvição divina nos foi dada, mas muitos não o aceitam. Não há socorro para os que se recusam a aceitar o perdão; eles enfrentarão a execução e não terão ninguém para levar a culpa, senão eles próprios. Quando Jesus nos perdoou os pecados, não perdoou somente os do passado e os do presente. Ele expiou todos os pecados de nossa vida inteira — incluindo o futuro— de uma vez por todas.

De acordo com Hebreus 10:14-18: Porque com uma oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito: Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei nos seus corações as minhas leis, e sobre as suas mentes as inscreverei, acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre. Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado.

Pelo fato de nosso Senhor haver expiado os nossos pecados de uma vez por todas, já não temos necessidade de oferecer sacrifício por eles. Eles foram riscados; estamos livres e desobrigados. Portanto, se você crê em Jesus como seu Salvador e aceita o seu perdão, está justificado diante do Pai. Será como alguém que nunca pecou e terá o privilégio de comparecer perante Deus. Em virtude de seus pecados estarem sob o sangue de Jesus, Satanás não poderá acusá-lo diante do trono do Todo Poderoso.

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