segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ECO RETIRO

"...mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto..." Jo 15:16

Olá novamente pessoal!

É com grande alegria e muita expectativa que estamos aqui para relembrar do que está por vir neste fim de semana. ECO Retiro: Evangelismo - Caráter - Oração. Serão 5 dias inesquecíveis de muita presença do nosso Senhor, atividades desafiadoras e comunhão com o pessoal. Chegou o tempo de viver um avivamento!
Eis aqui algumas informações necessárias aos participantes:

O que levar?
  • Primeiramente, Bíblia e caneta
  • Material de higiene pessoal
  • Roupas decentes
  • Roupas de cama (incluso travesseiro)
  • Roupas de banhos (bermudões para os meninos e shorts femininos para as meninas)
  • Repelente de insetos
  • Roupas para atividades ao ar-livre
  • Ventilador pequeno com adaptador de tomada ou extensão *
* Item opcional

Onde ocorrerá o evento?

Em Silva Jardim, distrito de Gaviões - Estr. Silva Jardim - Santana de Japuíba. Veja o mapa:



Quando/onde será nossa partida e volta do retiro?


Saída
Nos encontraremos juntos às 20:00 na Comunidade Cristã Videira - Rua José Joaquim Pereira Caldas, nº 69 - Piratininga, Niterói (veja ECO-mapa acima) na Sexta-Feira, dia 04/03/2011.


Retorno
Sairemos do ECO-Retiro às 10:00 com direção à Comunidade Cristã Videira - Rua José Joaquim Pereira Caldas, nº 69 - Piratininga, Niterói (veja ECO-mapa acima) na Quarta-Feira, dia 09/03/2011.


Alguma dúvida?

geracaoimpacto@hotmail.com

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A HUMILDADE NA VIDA DE JESUS

Por Andrew Murray


"No meio de vós, Eu sou como quem serve" (Lucas 22.27).

No Evangelho de João, temos a vida interior de nosso Senhor exposta a nós. Jesus ali fala frequentemente de Seu relacionamento com o Pai, dos motivos pelos quais Ele é guiado, de Sua consciência do poder e espírito nos quais Ele atua. Ainda que a palavra "humilde" não apareça, não há qualquer outro lugar nas Escrituras onde vemos tão claramente em que consistia Sua humildade. Já disse-mos que essa graça, na verdade, nada é senão o simples consentimento da criatura em permitir que Deus seja tudo, em virtude de entregar-se exclusivamente a Sua operação. Em Jesus, veremos que, tanto como Filho de Deus nos céus como homem na terra, Ele tomou o lugar de total subordinação e deu a Deus a honra e a glória que Lhe são devidas. E o que Ele ensinou tão frequentemente tornou-se verdade para Ele mesmo: "Quem a si mesmo se humilhar será exaltado" (Mt 23.12). Como está escrito: "A Si mesmo se humilhou (...) pelo que também Deus O exaltou sobremaneira" (Fp 2.8, 9).

Ouça as palavras em que o Senhor fala de Seu relacionamento com o Pai, e veja como incessantemente Ele usa as palavras "não" e "nada" para referir-se a Ele mesmo. O "não eu", no qual Paulo ex-pressa sua relação com Cristo, é o mesmo espírito no qual Cristo fala de Sua relação com o Pai.

"O Filho nada pode fazer de Si mesmo" (Jo 5.19).

"Eu nada posso fazer de Mim mesmo (...).

O Meu juízo é justo, porque não procuro a Minha própria vontade" (v. 30).

"Não aceito glória que vem dos homens" (v. 41).

"Eu desci do céu, não para fazer a Minha própria vontade" (6.38).

"O Meu ensino não é Meu" (7.16).

"Não vim de Mim mesmo" (v. 28 - RC).

"Nada faço por Mim mesmo" (8.28).

"Não vim de Mim mesmo, mas Ele Me enviou"(8.42 - RC).

"Eu não procuro a Minha própria glória" (v. 50).

"As palavras que Eu vos digo, não as digo por Mim mesmo" (14.10).

"A palavra que estais ouvindo não é Minha" (v. 24).

Essas palavras abrem para nós as raízes mais profundas da vida e da obra de Cristo. Elas nos falam como foi que o Deus Todo-Poderoso pôde trabalhar Sua maravilhosa obra de redenção por meio Dele, Cristo.

Elas mostram o que Cristo considerou como o estado de coração que Lhe cabia como o Filho do Pai. Elas nos ensinam o que são a natureza e vida essenciais dessa redenção que Cristo cumpriu e agora transmite. É isto: Ele não era nada para que Deus fosse tudo. Ele renunciou a Si mesmo totalmente, com Sua vontade e Suas forças, para que o Pai trabalhasse Nele. De Seu próprio poder, Sua própria vontade, Sua própria glória, de toda a Sua missão com todas as Suas obras e Seu ensinamento — de tudo isso, Ele disse: "Não sou Eu, não sou nada. Eu Me dei totalmente ao Pai para trabalhar; não sou nada, o Pai é tudo".

Cristo descobriu que essa vida de total abnegação, de absoluta submissão e dependência da vontade do Pai era uma vida de perfeita paz e alegria. Ele não perdeu nada dando tudo para Deus. Deus honrou Sua confiança e fez tudo para Ele, e, então, O exaltou à Sua mão direita em glória. E porque Cristo se humilhou assim diante de Deus, e Deus estava sempre diante Dele, Ele achou possível humilhar-se diante dos homens também e ser o Servo de todos. Sua humildade era simplesmente o entregar a Si mesmo a Deus para permitir que Deus fizesse Nele o que O agradasse, não importando o que os homens à Sua volta dissessem Dele ou fizessem a Ele.

É nesse estado de mente, nesse espírito e disposição, que a redenção de Cristo tem sua virtude e eficácia. É para trazer-nos para essa disposição que somos feitos participantes de Cristo. Esta é a verdadeira abnegação, para a qual nosso Salvador nos chama: o reconhecimento de que o ego não tem nada de bom em si mesmo, exceto como um recipiente vazio que Deus tem de preencher, e de que sua pretensão de ser ou fazer qualquer coisa não deve, nem por um momento, ser permitida. É nisto, acima e antes de todas as coisas, que consiste a conformidade com Jesus: nada ser e nada fazer de nós mesmos, para que Deus seja tudo.

Aqui temos a raiz e natureza da verdadeira humildade. Por não entender ou buscar isso é que nossa humildade é tão superficial e tão débil. Temos de aprender de Jesus, que é manso e humilde de coração. Ele nos ensina onde a verdadeira humildade tem origem e acha sua força: no conhecimento de que é Deus quem opera tudo em todos, que nosso dever é render-nos a Ele em perfeita resignação e dependência, em pleno consentimento de não ser e não fazer nada por nós mesmos. Esta é a vida que Cristo veio revelar e conceder: uma vida para Deus que veio através da morte para o pecado e para o ego. Se sentimos que essa vida é elevada demais para nós e está além de nosso alcance, isso tem de nos tanger ainda mais por buscá-la Nele; o Cristo que nos habita interiormente vai viver essa vida, essa mansidão e essa humildade em nós.

Se desejarmos ardentemente por isso, vamos, acima de todas as coisas, buscar o santo segredo do conhecimento da natureza de Deus, enquanto Ele trabalha, a todo momento, tudo em todos: o segredo do qual toda a natureza e todas as criaturas e, sobretudo, todo filho de Deus, deve ser a testemunha: nada são senão um vaso, um canal, através do qual o Deus vivo pode manifestar as riquezas de Sua sabedoria, poder e bondade. A raiz de toda virtude e graça, de toda fé e adoração aceitável, é que sabemos que não temos nada que não tenhamos recebido, e reverenciamos, na mais profunda humildade, esperando em Deus para isso.

Foi porque essa humildade não era apenas um sentimento temporário despertado e trazido em exercício quando Ele considerava a Deus, mas era o próprio espírito de toda Sua vida, que Jesus era tão humilde em Seu relacionamento com os homens como o era em Seu relacionamento com Deus. Ele se sentiu o Servo de Deus para os homens que Deus fez e amou; como uma consequência natural, Ele se considerou como o Servo dos homens para que, por meio Dele, Deus pudesse fazer Sua obra de amor. Ele nunca, nem por um momento, pensou em buscar Sua própria honra ou em usar Seu poder para vindicar a Si mesmo. Seu espírito foi por completo o de uma vida en-tregue a Deus para Ele operar nela. Somente quando os cristãos estudarem a humildade de Jesus como a própria essência da Sua redenção, como a própria bem-aventurança da vida do Filho de Deus, como o único verdadeiro relacionamento com o Pai e, por isso, como aquilo que Jesus tem de nos dar se devemos ter parte com Ele, é que a terrível carência de real, celestial e manifesta humildade se tornará um fardo e um pesar, e só então nossa religião comum será colocada de lado para garantir isso, a primeira e principal das marcas do Cristo dentro de nós.

Irmão, você está revestido de humildade? Pergunte ao seu viver diário. Pergunte a Jesus. Pergunte a seus amigos. Pergunte para o mundo. E comece a louvar a Deus, pois lhe foi aberta, em Jesus, uma humildade celestial que você mal conheceu e, pela qual, uma bênção que você, provavelmente, jamais tenha provado, ainda poderá vir até você.

A visão da glória de Deus produz humildade.
As estrelas somem quando o sol aparece.
(Thomas Watson)


Retirado do livro Humildade - A Beleza da Santidade

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

EM BUSCA DA ALEGRIA


Por John Piper


Seis Verdades Bíblicas


1. Deus nos criou para sua glória

"... De longe tragam meus filhos, e dos confins da terra as minhas filhas; [...] a quem criei para a minha glória" (Is 43: 6,7).


Deus nos fez para ampliar sua grandeza - da mesma forma que os telescópios ampliam os astros. Ele nos criou para revelarmos sua bondade, verdade, beleza, sabedoria e justiça. A maior demonstração da glória de Deus vem do prazer que sentimos por tudo que Ele é. Isso significação que Deus recebe o louvor, e nós a alegria. Deus nos criou para ser glorificado ao máximo em nós quando nos alegramos ao máximo Nele.


2. Todo ser humano dever viver para a glória de Deus

"Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus" (1 Co 10: 31).


Se Deus nos fez para sua glória, torna-se evidente que devemos viver para sua glória. Nossa submissão provém de seu propósito. Portanto, nossa primeira obrigação é mostrar o valor de Deus, ficando satisfeitos com tudo o que Ele é para nós. Essa é a essência do amor de Deus (Mt 22: 37), de nossa confiança Nele (1 Jo 5: 3, 4) e gratidão a Ele (Sl 100: 2-4). Essa é a raiz de toda obediência verdadeira, principalmente a der amar aos outros (Cl 1: 4, 5).


3. Não glorificamos a Deus como deveríamos

"... pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Rm 3: 23)


O que significa estar "destituídos da glória de Deus"? Significa que nenhum de nós tem glorificado e confiado Nele como deveria. Não nos alegramos com sua grandeza e não andamos em seus caminhos. Buscamos satisfação em outras coisas e as tratamos como se fossem mais valiosas do que Deus. Essa é a essência da idolatria (Rm 1: 21-23). Desde que o pecado entrou no mundo, não temos considerado Deus como nosso tesouro mais precioso (Ef 2: 3). Trata-se de uma terrível ofensa à grandeza de Deus (Jr 2: 12, 13).


4. Todos nós estamos sujeitos à justa condenação de Deus

"Pois o salário do pecado é a morte..." (Rm 6: 23).


Todos nós menosprezamos a glória de Deus. Como? Dando preferência a outras coisas e não a Ele, por meio de nossa ingratidão, desconfiança, desobediência. Por conseguinte, Deus está nos impedindo de desfrutar sua glória para sempre. "Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da majestade de seu poder" (2 Ts 1: 9).

A palavra "inferno" é usada doze vezes no Novo Testamento - onze vezes por Jesus. O inferno não é um mito criado por pregadores sinistros e irados. O Filho de Deus, que morreu para livrar os pecadores dessa maldição, fez uma solene advertência. Corremos um grande risco quando não fazemos caso dessa advertência.

Se a Bíblia tivesse parado aqui em sua análise da condição humana, estaríamos condenados a um futuro sem esperança. Contudo, ela não pára aqui...


5. Deus enviou seu Filho Unigênito, Jesus, para nos conceder alegria e vida eternas.

"Essa afirmação é fiel e digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores..." (1 Tm 1:15).


A boa nova é que Cristo morreu por pecadores como nós. E Ele ressucitou dentre os mortos para ratificar o poder de sua morte e abrir as portas da alegria e vida eternas (1 Co 15: 20). Isso significa que Deus pode inocentar os pecadores e continuar a ser justo (Rm 3: 25, 26). "Pois também Cristo sofreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus..." (I Pe 3: 18). A mais profunda e eterna satisfação será a de estar no céu com Deus.


6. Os benefícios adquiruidos mediante a morte de Cristo pertencem àqueles que se arrependem e confiam Nele

"Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados" (At 3: 19)


"Arrepender-se" significa afastar-se de todas as promessas enganosas do pecado. "Fé" significa estar satisfeito com tudo o que Deus promete ser para nós em Jesus. "... aquele que crê em mim", diz Jesus, "nunca terá sede" (Jo 6: 35). Nós não conquistamos a salvação. Não a merecemos (Rm 4: 4, 5). Ela é concedida pela graça mediante a fé (Ef 2: 8, 9). É gratuita (Rm 3: 24). Nós a recebermos se a desejarmos acima de todas as coisas (Mt 13: 44). Quando fazemos isso, o objetivo de Deus para a criação é alcançado: Ele é glorificado em nós, e nós nos alegramos Nele - para sempre.

Isso faz sentido pra você? Você deseja esse tipo de satisfação que vem da alegria com tudo o que Deus é para você em Jesus? Se a sua resposta for sim, Deus está trabalhando em sua vida. O que você deve fazer?

Afaste-se das promessas enganadoras do pecado. Invoque o nome de Deus para salvá-lo da culpa, do castigo e da escravidão do pecado. "... porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10: 13). Começe depositando sua esperança em tudo o que Deus é para você em Jesus. Destrua o poder das promessas do pecado mediante a fé que você tem nas gloriosas promessas de Deus. Leia a Bíblia para encontrar suas preciosas e gloriosas promessas, que podem libertá-lo (2 Pe 1: 3, 4). Encontre uma igreja que creia na Bíblia e começe a adorar e crescer espiritualmente com outras pessoas que amam a Cristo acima de todas as coisas (Fp 3: 7).

A melhor notícia do mundo é que não há necessidade de existir conflito entre nossa felicidade e a santidade de Deus. Quando estamos satisfeitos com tudo o que Deus é para nós, em Jesus, nós O engrandecemos como o maior de todos os tesouros.


"Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita" (Salmos 16: 11) .



Retirado do livro "Um Homem Chamado Jesus Cristo"

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O FRUTO DO ARREPENDIMENTO


Por John Bevere


Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento... " (Lc 3:8, 9)


Quantas vezes temos visto homens e mulheres ouvirem uma mensagem e, sob a convicção do Espírito Santo, responderem ao apelo do pregador e fazerem a oração de arrependimento no altar, mas a obra do arrependimento não é completada porque nenhum fruto é apresentado? Eles são libertos temporariamente pela oração mas logo voltam ao estilo de vida original. Arrependimento não é uma oração de libertação feita uma única vez, é uma maneira de viver! É uma decisão do coração para mudança. A obra de arrependimento não é completa até que o fruto da justiça apareça. A oração de arrependimento é apenas um começo.

Paulo escreveu à Igreja de Coríntios na sua primeira carta exortando-os pela sua carnalidade. Ele escreveu uma carta tão convincente que os levou ao arrependimento. Em sua segunda carta, ele reconheceu que eles tiveram tristeza segundo Deus, a qual produziu arrependimento. Vamos ver o fruto que foi produzido:

"A tristeza segundo Deus não produz remorso,
mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a
tristeza segundo o mundo produz morte. Vejam o que
esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que
dedicação, que desculpas, que indignação, que temor,
que saudade, que preocupação, que desejo de ver a
justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a
esse respeito" (2 Co 7.10, 11).

Note que ele alistou sete frutos de arrependimento. Essas são características dos crentes que estão no fogo, que não estão apenas
mornos. As pessoas ficam imaginando por que alguns crentes são tão
zelosos e diligentes. A razão é que eles não têm nada no coração que os
distraia de seu propósito. Quase sempre tentamos viver em dois mundos.
O mundo da carne esfria o fogo do mundo do espírito. Vamos estudar
brevemente os sete frutos:

1. Diligência - Quando o coração está focalizado, você será
diligente. Nós somos ensinados
"que
que
m se aproxima de Deus precisa crer
que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam" (Hb 11.6 - NVI). Se
alguém vacilar para frente e para trás, vivendo no mundo natural e no
mundo do espírito, será preguiçoso espiritualmente. Somos ordenados a "não sermos remissos, mas fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Rm
12:11).

2. Ansiedade para estarem ausentes de culpa - Muitos vivem debaixo do peso da culpa. Jesus veio para nos libertar da culpa do pecado. Se o arrependimento é genuíno isso produz uma limpeza da consciência que não pode ser produzida de outra forma.

3. Indignação - O arrependimento vai produzir um ódio pelo pecado. Deus Pai disse a Jesus: "Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Pai, te ungiu com óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros" (Hb 1.9). Muitos amam a justiça, mas não odeiam o pecado. A unção é, portanto, fraca. Quando alguém odeia o pecado percebe um acréscimo de unção na sua vida.

4. Temor - Um livro inteiro poderia ser escrito sobre esse assunto. Somos ensinados que devemos "aperfeiçoar a nossa santidade no temor de Deus" (2 Co 7.1), porque o "temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; soberba, a arrogância, o mau caminho... O temor do Senhor é o princípio da sabedoria..." (Pv 8:13 e 9:10)

5. Desejo veemente - Desejo é a vida de oração, criando um clima pra receber de Deus o que você quer. Jesus disse: "Por isso, vos digo que pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco" (Mc 11.24). Se a sua vida de oração é sem vida, é porque o seu desejo não é forte. O arrependimento vai produzir um desejo veemente.

6. Zelo - O dicionário define esta palavra como "estar ávido ou entusiasmado". Quando Jesus expulsou os cambistas do templo, seus discípulos se lembraram do que estava escrito: "O zelo da tua casa me consumirá" (Jo 2.13-17). Jesus exortou a Igreja morna a que se arrependesse (Ap 3.19).

7. Vindicação — O dicionário define essa palavra como "defesa, justificação". A Bíblia diz: "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg 4.7). A maneira de resistir ao Diabo é submeter-se a Deus! Esta é uma vindicação perfeita. Sua maior arma contra o Diabo não é sua boca, mas a sua humildade e seu estilo de vida santo!

O arrependimento produzirá essas qualidades piedosas, que são o fruto que Jesus nos ordenou produzir. Nós não podemos imitar essas características. Elas surgem apenas de um coração puro. Deus está chamando seus filhos para uma vida santa. As pessoas que toleram o pecado não verão a Deus, porque Ele disse que devemos seguir a "santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor" (Hb 12:14).

A santidade é obra de Sua graça e não da carne. Essa obra inicia-se em nosso coração através da avenida do arrependimento. Muitos tem tentado viver um estilo de vida santo nas suas próprias forças e termiram amarrados pelo legalismo.

O caminho para a santidade é através da auto-humilhação em arrependimento. Porque Ele dá graça ao humilde, e graça é o que nos capacita a andar na verdade.


Retirado do livro "A Unção Profética".

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HUMILDADE E EXALTAÇÃO


Por Andrew Murray


"O que se humilha será exaltado " (Lucas 18.14).
"Deus dá graça aos humildes. (...) Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" (Tiago 4.6,10).
"Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus,para que ele, em tempo oportuno, vos exalte"'(1 Pedro 5.6).


Ontem me perguntaram: "Como posso vencer esse orgulho?" A resposta é simples. Duas coisas são necessárias: faça o que Deus diz que é seu trabalho: humilhar-se a si mesmo, e confie Nele para fazer o que Ele diz que é trabalho Dele: Ele o exaltará.

A ordem é clara: humilhe-se a si mesmo. Isso não significa que é o seu trabalho vencer e expulsar o orgulho de sua natureza e formar dentro de você a mansidão do santo Jesus. Não, essa é a obra de Deus, a própria essência da exaltação, na qual Ele o eleva para dentro da real semelhança do Filho amado. O que a ordem significa é isto: tome cada oportunidade de humilhar-se diante de Deus e do homem. Na confiança na graça que já está trabalhando em você, na segurança de que mais graça para vitória está vindo e de que a luz da consciência brilha sobre o orgulho do coração e suas obras; apesar de tudo o que possa haver de fracasso e falha, permaneça persistentemente sob a ordem imutável: humilhe-se a si mesmo. Aceite com alegria tudo o que Deus permite, interior ou exteriormente, de amigo ou inimigo, em natureza ou em graça, para lembrá-lo da sua necessidade de humilhar-se e para ajudá-lo a isso. Considere a humildade como sendo, de fato, a virtude-mãe, sua primeira obrigação diante de Deus, a única salvaguarda perpétua da alma, e fixe seu coração nisso como a origem de toda bênção. A promessa é divina e segura: aquele que se humilhar será exaltado. Cuide para fazer a única coisa que Deus pede: humilhe-se a si mesmo. Deus cuidará de fazer a única coisa que Ele prometeu: Ele dará mais graça e Ele o exaltará no devido tempo.

Todos os tratamentos de Deus com o homem são caracterizados por dois estágios. Há o tempo de preparação, quando ordem e promessa — com a experiência mesclada de esforço e impotência, de fracasso e sucesso parcial, com a santa expectativa de algo melhor que isso despertará — treinarão e disciplinarão os homens para um estágio mais elevado. Depois, vem o tempo de cumprimento, quando a fé herda a promessa, e deleita-se por ter, tantas vezes, se esforçado em vão. Essa lei vale em cada aspecto da vida cristã e na busca de cada virtude em separado, porque ela está plantada na própria natureza das coisas. Em tudo o que concerne a nossa redenção, Deus tem de ne-cessariamente tomar a iniciativa. Quando isso estiver feito, a volta do homem a Deus acontece.

No esforço de obter a obediência, uma pessoa tem de aprender a conhecer sua impotência — a ponto de desesperar-se para morrer para ele mesmo — e ser ajustado voluntária e inteligentemente para receber de Deus o fim, a completação daquilo que ele aceitou no início da vida cristã em ignorância. Então, Deus — que foi o Início, antes que o homem O conhecesse razoavelmente ou plenamente entendesse o que era Seu propósito — é ansiado e bem-vindo como o Fim, como o Tudo em todos.

E tanto como é assim em relação à salvação, também é na busca da humildade. A ordem vem do trono, do próprio Deus, para cada cristão: humilhe-se a si mesmo. O cristão sério que atenta para ouvir e obedecer será recompensado — sim, recompensado — com a descoberta dolorosa de duas coisas. A primeira: quão profundo orgulho - que é a má vontade de se considerar e ser considerado como nada para sub-meter-se a Deus - havia, o qual não era conhecido de ninguém. A segunda será perceber que completa impotência há em todos os nossos esforços (e em todas as nossas orações, também, pela "ajuda de Deus") para destruir o horrível monstro. Bem-aventurado o homem que agora aprende a pôr sua esperança em Deus e perseverar, apesar de todo o poder do orgulho dentro dele, em atos de humilhação diante de Deus e dos homens. Conhecemos a lei da natureza humana: atos produzem hábitos, hábitos geram disposições, disposições formam a vontade, e a vontade devidamente formada é caráter. Não é diferente na obra da graça. Enquanto temos atos de humilhação, os quais, persistentemente repetidos, tornam-se hábitos e disposições, e essas fortalecem o desejo, Deus, que efetua em nós tanto o querer como o realizar (Fp 2.13), vem com Seu maravilhoso poder e Espírito, e, assim, a humilhação do coração orgulhoso — com a qual o santo penitente lançou-se a si mesmo frequentemente diante de Deus — é recompensada com "mais graça" do coração humilde, no qual o Espírito de Jesus venceu e levou a nova natureza de maturidade, e onde Ele, o manso e humilde, agora habita para sempre.

Humilhem-se na visão do Senhor, e Ele irá exaltá-los. E no que consiste a exaltação? A mais elevada glória da criatura é ser somente um vaso, para receber e desfrutar e mostrar publicamente a glória de Deus. Ela pode fazer isso somente quando está desejando nada ser em si mesmo para que Deus seja tudo. A água sempre preenche primeiro os lugares mais baixos. Quanto mais baixo, quanto mais vazio o homem fica diante de Deus, mais rápido e mais plenamente será o enchimento interior com a glória divina. A exaltação que Deus promete não é, não pode ser, qualquer coisa externa à parte Dele mesmo; tudo o que Ele tem para dar ou pode dar é somente mais Dele mesmo para tomar posse de nós mais completamente. A exaltação não é, como um prêmio terreno, algo arbitrário, sem a necessária conexão com a conduta a ser recompensada. Não! Mas é, em sua própria natureza, o efeito e o resultado de humilhar-nos a nós mesmos. Não é nada a não ser o dom de tal humildade divina que habita interiormente, tal conformidade e posse da humildade do Cordeiro de Deus, que nos prepara para receber plenamente o habitar interior de Deus.

Aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. O próprio Jesus é a prova da verdade dessas palavras, e da certeza de seu cumprimento para nós, Ele é a garantia. Vamos tomar sobre nós Seu jugo e aprender Dele, pois Ele é manso e humilde de coração. Se não quisermos nos curvar a Ele, como Ele se curvou a nós, Ele ainda irá se curvar a cada um de nós novamente, e nos acharemos em jugo não desigual com Ele. Como entramos profundamente na comunhão de Sua humilhação, e também nos humilhamos ou carregamos a humilhação dos homens, podemos contar que o Espírito de Sua exaltação, "o Espírito de Deus e de glória", repousará sobre nós. A presença e o poder do Cristo glorificado virão para aqueles que são humildes de espírito. Quando Deus pode novamente ter Seu devido lugar em nós, Ele irá nos exaltar.

Por isso, faça da glória de Deus seu cuidado em humilhar-se a si mesmo. Ele fará sua glória Seu cuidado em aperfeiçoar sua humildade e soprá-la para dentro de você, como sua vida habitante, o próprio Espírito de Seu Filho. Como a vida todo-permeante de Deus domina você, não haverá nada tão espontâneo e nada tão doce como ser nada, com nenhum pensamento ou desejo do ego, pois tudo é ocupado com Aquele que a tudo preenche. "De boa vontade me gloriarei em minha fraqueza, para que o poder de Cristo repouse sobre mim."

Irmãos, não temos aqui a razão pela qual nossa consagração e nossa fé são tão pouco úteis na busca pela santidade? Foi pelo ego e sua força que a obra foi feita sob o nome de fé; foi para o ego e sua alegria que Deus foi chamado; era, inconscientemente, mas ainda verdadeiramente, no ego e em sua santidade que a alma se regozijou. Antes, não tínhamos idéia de que a humildade — absoluta, habitante, humildade e auto-destruição semelhantes às de Cristo, permeando e marcando toda nossa vida com Deus e o homem — era o mais essencial elemento da vitalidade da santidade que buscamos ver.

É apenas sob o domínio de Deus que perco meu ego. Como é na altura e na largura e glória da luz do sol que a insignificância da partícula de poeira se movimentando é vista, assim também a humildade é tomarmos nosso lugar na presença de Deus para ser uma partícula de pó habitando na luz do sol de Seu amor.

"Quão grande é Deus! Quão pequeno sou! Perdido, tragado na imensidão do Amor! Há somente Deus, não eu!".

Que Deus nos ensine a crer que ser humilde, ser nada em Sua presença, é o mais elevado feito e a bênção mais plena da vida cristã. Ele nos fala: "Habito no lugar santo e elevado, e com aquele que é de espírito contrito e humilde". Que essa seja nossa porção!

"Oh, ser o mais vazio, o mais baixo, humilhado, não notado e desconhecido, e para Deus o mais santo vaso, cheio com Cristo, e somente Cristo!"


A humildade é o segredo da unidade e o orgulho é o segredo da divisão.
(Robert C. Chapman)

O orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio.
(Santo Agostinho)


Retirado de Humildade - A Beleza da Santidade

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ECO RETIRO


Olá galera!!

Março está chegando e mais uma oportunidade vem por aí. É o nosso Retiro Espiritual de jovens!
Será no sítio Canaã em Silva Jardim dos dias 4 a 9 de março, uma grande chance de você ser cheio da Presença de Deus e ainda se divertir bastante.
Muitas surpresas estão sendo preparadas e as programações prometem agitar pra valer. Porém, para ter tudo isso você precisa correr. As vagas são super limitadas, e só são garatidas mediante sinal.

Entre nesse clima desde já: Busque-O, Ganhe o mundo para o Reino e Renove-se!

Mais informações:

Nos finais das nossas reuniões com Anderson, Cristiano e Miguel.
Através do e-mail: geracaoimpacto@hotmail.com
Ou do cel 8425-0648 (Christiano)

"Então dali buscarás ao SENHOR teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma" (Dt4: 29).

"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm12: 2).

"Sou um homem livre; não sou escravo de ninguém. Mas eu me fiz escravo de todos a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas" (1 Co 9 :19)


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

VENDO E PROVANDO A GLÓRIA DE DEUS


Por John Piper

"Os céus declaram a glória de Deus" Sl 19:1

"Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo." 2 Co 4:6

O objetivo supremo de Jesus Cristo

O universo criado por Deus é todo envolto em glória. O mais profundo anseio do coração humano e o mais profundo significado do céu e da terra estão resumidos nesta expressão: a glória de Deus. O universo foi feito para proclamar esta glória, e nós fomos feitos para vê-la e prová-la. Nada mais pode ser comparado a isso. E, porque temos trocado a glória de Deus por outras coisas (Rm 1:23), o mundo está tão desordenado e enfermo.

"Os céus declaram a glória de Deus..." (Sl 19:1). É por isso que todo universo existe. Ele é todo glória. A sonda espacial Hubble nos envia imagens intravermelhas de longínquas galáxias, distantes talvez 12 bilhões de anos luz da terra (12 bilhões vezes 9,6 trilhões de quilômetros). Até mesmo dentro da nossa Via-Láctea, existem estrelas grandes demais para serem descritas, como, por exemplo, a Eta Carinae, cujo brilho é 5 milhões de vezes maior do que o Sol.

Às vezes, as pessoas se assustam diante dessa imensidão quando comparada à aparente insignificância do homem. Isso nos torna infinitamente pequenos. Porém, o significado dessa grandeza não diz a respeito de nós. Diz a respeito de Deus. "Os céus declaram a glória de Deus", diz a Bíblia. O motivo para "desperdiçar" um espaço tão grande no Universo para abrigar seres humanos tão ínfimos é um assunto de domínio de nosso Criador, não nosso. "Ergam os olhos e olhem para as alturas. Quem criou tudo isso? Aquele que põe em marcha cada estrela do seu exército celestial, e a todas chama pelo nome. Tão grande é o seu poder e tão imensa a sua força, que nenhuma delas deixa de comparecer!" (Is 40:26).

O anseio mais profundo coração humano é conhecer e apreciar a glória de Deus. Fomos feitos com essa finalidade. Diz o Senhor Deus: "... De longe tragam os meus filhos, e dos confins da terra as minhas filhas [...] a quem criei para minha glória..." (Is 43:6,7; grifo do autor). Para vê-la, para prová-la e para proclamá-la - é por isso que existimos. As insondáveis e incalculáveis extensões do Universo criado por Deus não passam de uma alegoria acerca das inesgotáveis "riquezas da sua glória" (Rm 9: 23). O olho físico deve dizer ao olho espiritual: Não a este, mas ao Criador deste é o desejo de tua alma". Paulo disse: "... e nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Rm 5:2). Ou mais precisamente, ele disse que Deus nos "preparou de antemão para a glória" (Rm 9:23). É por isso que fomos criados - para que Deus pudesse "tornar conhecidas as riquezas de sua glória aos vasos de sua misericórdia" (Rm 9:23).

Cada coração humano anseio por isso. Mas nós reprimimos e desprezamos o "conhecimento de Deus" (Rm 1:28). Por conseguinte, toda criação está em desordem. O exemplo mais visível na Bíblia é a desordem de nossa vida sexual. Paulo diz que trocar a glória de Deus por outras coisas é a principal causa da desordem homossexual (e heterossexual) de nossos relacionamentos. "... Até as mulheres trocam suas relações naturais por outras, contrárias à natureza [...] e os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros" (Rm 1: 26,27). Se trocarmos a glória de Deus por coisas banais, Ele nos abandonará a uma vida de depravação - que espelhará, em nossa miséria, a derradeira traição.

A questão principal é esta: Fomos criados para conhecer e valorizar a glória de Deus acima de todas as coisas; e quando trocarmos este tesouro por imagens, tudo ficará em desordem. O sol da glória de Deus foi feito para brilhar no centro do sistema solar da nossa alma. E quando ele brilha, todos os planetas de nossa vida giram corretamente em torno de sua órbita. Mas quando o sol muda de lugar, todas as coisas se desorganizam. A cura da alma começa quando a glória de Deus voltar a ocupar seu lugar no centro, cujo resplendor atrai tudo para si.

Todos nós necessitamos da glória de Deus, não da nossa própria glória. Ninguém vai ao Grand Canyon para aumentar a autoestima. Por que vamos então? Porque quando contemplamos algo maravilhoso, existe uma cura maior para a alma do que quando contemplamos a nós mesmos. Na verdade o que poderia ser mais ridículo neste iemnso e glorioso Universo do que um ser humano, vivendo numa partícula chamada Terra e em pé diante de um espelho tentando encontrar significado em sua imagem ali refletida? Que lástima é saber que este é o evangelho do mundo moderno!

Mas esse não é o evangelho cristão. Em meio às trevas da insignificate autopreocupação brilhou " a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" (2 Co 4:4 ; grifo do autor). O evangelho cristão diz respeito à "glória de Deus", não à minha glória. E quando, de certa forma, diz respeito a mim, não é porque fui considerado importante por Deus, mas porque por sua misericórdia, Ele me faz sentir feliz por considerá-Lo importante pelo resto de minha vida.

Qual foi a maior demosntração de amor que Jesus deu em relação a nós? Qual foi o ponto culminante, o ponto sublime do evangelho? Redenção? Perdão? Justificação? Reconciliação? Santificação? Adoção? Será que todas essas maravilhas não significam que existe algo maior? Algo final? Algo que Jesus pediu ao Pai que nos concedesse? - "Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória, a glória que me deste..." (Jo 17:24 ; grifo do autor).

O evangelho cristão é o "evangelho da glória de Cristo" porque seu objetivo final é que possamos ver, provar e mostrar a glória de Cristo, que nada mais é do que a glória de Deus. "O filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser..." (Hb 1:3). "Ele é a imagem do Deus invisível..." (Cl 1: 15). Quando a luz do evangelho brilha em nossos corações, ela é a "iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo" (2 Co 4:6). E quando "nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Rm 5: 2), essa esperança é "a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" (Tt 2:13 ; grifo do autor). A glória de Cristo é a glória de Deus.

Em certo sentido, Cristo afastou-se da glória de Deus quando veio ao mundo: E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha comigo antes que o mundo existisse" (Jo 17: 5 ; grifo do autor). Mas, por outro lado, Cristo manifestou a glória de Deus em sua vinda ao mundo: "Aquele que é a Palavra, tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1: 14 ; grifo do autor). Por conseguinte, no evangelho, vemos e provamos a "glória de Deus na face de Cristo" (2 Co 4: 6). E essa "visão" é a cura para nossa vida desordenada. "E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior..." (2 Co 3:18 ; grifo do autor).


Uma oração

Pai de glória, este é o clamor do nosso coração: Queremos ser tranformados com glória cada vez maior até que, na ressurreição, no ressoar da última trombeta, estajamos amoldados completamente à imagem do teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor. Enquanto aguardamos esse momento, desejamos crescer na graça e conhecimento de nosso Senhor, principalmente no conhecimento de sua glória. queremos vê-la tão clara como vemos a luz do Sol, e prová-la até o ponto de desfrutarmos do mais puro prazer. Deus misericordioso, inclina nossos corações para tua Palavra e as maravilahs de tua glória. Afasta-nos de nossos apegos às coisas banais. Abra os olhos de nosso coração para vermos, a cada dia, o que Universo criado por Ti está nos dizendo a respeito de tua glória. Ilumina nossa mente para vermos a glória de teu filho no evangelho. cremos que Tu és o Deus Todo-glorioso, e não existe ninguém que se assemelhe a Ti. Aumenta-nos a fé. Perdoa-nos por não concentrarmos nossa atenção a Ti e pela atenção indevida que damos a coisas menos importantes. Tem misericórdia de nós, por amor de Cristo, e incute em nós o teu grande desígno de mostrarmos a glória de tua graça. Em nome de Jesus, oramos. Amém



Retirado do livro "Um Homem Chamado Jesus Cristo".

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

HUMILDADE E FÉ


Por: Andrew Murray

Leitura: "Como podes crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus?" (João 5.44).
Em uma pregação que ouvi recentemente, o palestrante disse que as bênçãos da vida cristã mais elevada eram frequentemente como os objetos expostos em uma vitrina de loja: você poderia vê-los claramente, mas não poderia alcançá-los. Se fosse dito a um homem para estender a mão e pegar, ele responderia: "Não posso; há uma grossa vidraça espelhada entre mim e eles."

Mesmo os cristãos podem ver claramente as abençoadas promessas de paz perfeita e repouso, de amor e alegria transbordantes, de permanente comunhão e frutificação, e ainda sentir que há algo no meio obstruindo a verdadeira posse. E o que seria isso? Nada a não ser o orgulho. As promessas feitas à fé são tão livres e certas, os convites e encorajamentos tão fortes, o maravilhoso poder de Deus com que a fé pode contar está tão perto e acessível que o que impede que a bênção seja nossa só pode ser algo que impede a fé.

No texto bíblico mencionado, Jesus revela para nós que é, de fato, o orgulho que faz a fé impossível. "Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros?" Quando virmos como, em natureza, o orgulho e a fé são irreconciliáveis por sua divergência, aprenderemos que a fé e a humildade são um na raiz, e que nunca podemos ter mais de verdadeira fé do que temos de verdadeira humildade; devemos ver que podemos, na verdade, ter uma forte convicção intelectual e segurança da verdade enquanto o orgulho é mantido no coração, mas que isso faz da fé viva, que tem o poder de Deus, uma impossibilidade.

Precisamos somente pensar por um momento no que é a fé. Não é a confissão do nada-ser e de abandono, não é a entrega e a espera para deixar Deus trabalhar? Não é em si mesma a coisa mais humilhante que pode haver: a aceitação de nossa posição como dependentes, que não podem clamar ou conseguir ou fazer nada a não ser o que a graça concede? A humildade é simplesmente a disposição que prepara a alma para viver em confiança. E tudo, até mesmo o mais secreto sopro de orgulho, na forma de busca de si mesmo, vontade própria, confiança em si mesmo ou auto-exaltação, é apenas o fortalecimento do fato de que o ego não pode entrar no reino nem possuir as coisas do reino, pois se recusa a permitir que Deus seja o que Ele é e tem de ser ali: Tudo em todos.

Fé é o órgão ou sentido para percepção e apreensão do mundo celestial e de suas bênçãos. A fé busca a glória que vem de Deus, que vem apenas de onde Deus é tudo. Enquanto aceitarmos glória uns dos outros, enquanto buscarmos e amarmos sempre e guardarmos zelosamente a glória dessa vida - a honra e reputação que vêm dos homens — não buscamos, e não podemos receber, a glória que vem de Deus. O orgulho faz com que a fé seja impossível. A salvação vem por meio de uma cruz e de um Cristo crucificado. A salvação é a comunhão, no Espírito de Sua cruz, com o Cristo crucificado. A salvação é a união com a humildade de Jesus e o deleite nela, salvação é a participação na humildade de Jesus. E admirável que nossa fé seja tão débil quando o orgulho ainda reina tanto e ainda não tenhamos aprendido que a humildade é a mais necessária e abençoada parte da salvação, nem oramos por isso?

A humildade e a fé estão mais intimamente associadas nas Escrituras do que muitos sabem. Veja isso na vida de Cristo. Há dois casos nos quais Ele falou de uma grande fé. O centurião, de cuja fé Ele se maravilhou dizendo: "Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta", não Lhe falou: "Senhor, não sou digno de que entres em minha casa"? E a mãe para quem Ele disse: "Oh, mulher, grande é a tua fé!" não aceitou ser chamada de cachorro e disse: "Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas"? Isso é a humildade que leva uma alma a ser nada diante de Deus, que também remove todo impedimento à fé, e faz com que o único temor seja desonrá-Lo por não confiar Nele integralmente.

Irmão, não temos aqui a causa do fracasso na busca da santidade? Não é isso que faz nossa consagração e nossa fé tão superficiais e de vida tão curta? Não tínhamos idéia de que orgulho e ego extensos ainda estavam trabalhando secretamente dentro de nós, e como somente Deus, por Sua entrada e Seu maravilhoso poder, poderia expulsá-los. Não entendíamos como nada, a não ser a nova e divina natureza tomando inteiramente o lugar do velho ego, poderia fazer-nos realmente humildes. Não sabíamos que a humildade absoluta, incessante, universal tem de ser a raiz-disposição de toda oração e todo acesso a Deus assim como de todo tratamento com o homem, e que podemos ver sem olhos ou viver sem respirar tanto como crer ou aproximar-nos de Deus ou habitar em Seu amor, sem uma humildade todo-permeante e humildade de coração.

Irmão, não cometemos um erro ao encontrar tantos problemas para crer, enquanto todo o tempo havia o velho ego em seu orgulho buscando possuir para si mesmo as bênçãos e riquezas de Deus? Não admira que não pudéssemos crer! Vamos mudar nosso comportamento. Vamos buscar, antes de tudo, hu-milhar-nos sob a poderosa mão de Deus: Ele nos exaltará. A cruz, a morte e a tumba, nas quais Jesus se humilhou, eram Seu caminho para a glória de Deus. E são nosso caminho também. Vamos desejar unicamente e orar fervorosamente por sermos humilhados com Ele e como Ele; vamos aceitar alegremente o que quer que possa nos humilhar diante de Deus e dos homens — esse é o único caminho para a glória de Deus.

Talvez alguém se sinta inclinado a fazer uma pergunta. Falei de alguns que tiveram experiências abençoadas ou que são os instrumentos para levar bênção aos outros e, ainda assim, são carentes de humildade. Alguém pode perguntar se isso não prova que eles têm fé verdadeira, e até forte, apesar de mostrarem tão claramente que ainda buscam muito a honra que vem dos homens. Há mais de uma resposta que pode ser dada. Mas a principal resposta em nosso presente contexto é esta: eles, de fato, têm uma medida de fé, na proporção da qual, com os dons especiais dados a eles, é a bênção que eles trazem para outros. Mas apesar da benção que trazem, a eficácia da fé deles é impedida por causa da ausência de humildade. A bênção é frequentemente superficial ou transitória, apenas porque eles não são o nada que abre o caminho para Deus ser tudo. Uma profunda humildade traz, sem dúvida, uma mais profunda e plena bênção. O Espírito Santo, não apenas trabalhando neles como um Espírito de poder, mas habitando neles na plenitude de Sua graça, especialmente a graça da humildade, iria, através deles, transmitir a Si mesmo a esses convertidos para uma vida de poder e santidade e firmeza, o que é muito pouco visto atualmente.
"Como podeis vós crer, recebendo glória uns dos outros?"

Irmão! Nada pode curar você do desejo de receber glória dos homens, ou da sensibilidade e dor e raiva que vêm quando ela não é dada, a não ser dar a si mesmo para buscar somente a glória que vem de Deus. Deixe que a glória do Deus Todo-Glorioso seja tudo para você. Você será libertado da glória dos homens e do ego, e estará contente e alegre em ser nada. Nesse nada, você crescerá forte na fé, dando glória a Deus, e irá descobrir que quanto mais profundamente mergulhar em humildade diante de Deus, mais perto Ele está para satisfazer todo desejo de sua fé.


Retirado do livro "Humildade - A Beleza da Santidade"